quinta-feira, 26 de maio de 2011

A carga

Meu burro morreu de fome, com fome ele estava!
A procura de verdes pastos, verdes pastos não avistava!
Longa noite atormentada, logo cedo acordava!
Carga longa e pesada, dia a dia carregava!
Dia longo e longo dia, volte meia madrugava!
Entre ruas apertadas, bem perdido ele andava!
Horas de estrada, vida essa lhe restava!
Vida triste ressecada, mês a mês ele esperava!
Fome volta e revolta, mas o feno lhe faltava!
Vida dura amargurada, só a força não restava!
Mais parece vida escrava, burro novo procurava!

Josprey